sexta-feira, 18 de julho de 2008

Pedido


"Sempre há alguma coisa que falta. Guarde isso sem dor. Embora em segredo doa." Caio Fernando Abreu



Só me responde de maneira direta, sem enrolar, sem subjetivar ou banalizar a coisa. Responde pra mim porque é que a gente não está junto? E não me amola porque você sabe que quando eu digo 'a gente' falo sobre a minha e sobre a sua pessoa coexistindo. Vai, responde... Mas responde de coração! Não é porque minhas perguntas são cretinas que você vai me dar respostas vazias. Não me deixa aqui vivendo de suposições porque assim eu sou obrigada a lembrar de tanta coisa... O que me dá vontade de chorar mil litros mas eu mal choro um, por orgulho. Por que é que você insiste tanto em caber no meu sonho? E por que é ainda sendo assim você não me ama? Será que três anos com essa obsessão não te dão pelo menos um fio de esperança, não te trazem a vontade de colocar um pouquinho de confiança em mim? Mas voltando ao ponto: nada me satisfaz depois de você. Posso passear abraçada por ai com tantos outros rapazes e me pegar finalmente aprendendo a gostar de mim e principalmente: gostando de quem gosta de mim mas é só passar um homem com uma cara mais alternativa, com um tênis e cabelo parecidos com o seu que volto a te procurar. Ainda que te procurar doa. Alias, me expressei mal. Não é te procurar o que doi tanto.. É procurar, não achar e te enxergar como perdido (O que ainda é não enxergar). Porque com a bagunça que eu vejo por aqui talvez eu já não te ache mais. E me sobe do calcanhar até a cabeça uma mistura de saudades das nossas semelhanças e ao mesmo tempo quero me libertar disso tudo e com isso me afasto ainda mais. Porque você não sabe que faço isso pra nos poupar de um mal maior. Eu queria tanto voltar a falar sobre aquele voto de confiança do começo do texto, lembra? Queria refazer tanta coisa. E te respondo, é sim sempre amor mesmo que alguém esqueça o que passou. Lembro quando eu cantei essa música perto de você, sem segundas intenções aparentes, e você disse que adorava essa música. Alguns anos depois te peguei cantando essa música pra outra garota. Perguntando isso pra ela. Como se você não lembrasse que eu costumava falar pra todo mundo que era a música que contava a minha história. Talvez você nem lembrasse mesmo. Mas é que, sabe, eu pensei que talvez viesse a significar algo. Não me olha com esses olhinhos de quem não queria que eu fosse embora. Você ainda me tem e eu ainda te espero. Só que em silêncio, só esperando a poeira baixar. Já descobri que agir sempre pelo coração doi. Não custa agir pelo menos uma vez da maneira bem resolvida que eu sempre quis.


(Continua depois)

2 comentários:

Ana Paula Vieira disse...

nossa menina!
como vc conseguiu escrever um texto do jeito q e estou me sentindo hj? hehe, por mais q tente esquecer, sempre me vem á mente

amei seu texto!

Bjs

L. disse...

Nossa, estava passando aqui. Não sei como cheguei, mas achei seu blog MUITO foda!
Você escreve demais *-*


:*



ps: comentei também em "A hora de partir", é o melhor!