terça-feira, 21 de julho de 2009

As vezes eu me sinto um fantasma
Arrancando flores no jardim
À meia noite
Penso em você e sigo
Despedaçando
Pétalas ao vento
Na tempestade
Pétalas vermelhas
Tô com saudade..

sexta-feira, 17 de julho de 2009

"Memória da Pele"

Julho anda fazendo um frio danado.. Penso comigo o quão irônico as coisas podem ser. Hoje mesmo já pedi pra Deus umas catorze vezes você aqui comigo. Puta injusto colocar Deus nessas coisas. Só que não posso mais te ligar. Última madrugada só atravessei sóbria porque tive a coragem de discar os 8 números que eu sei tão bem de cór. Mas descobri que a única coisa que me resta é te escrever.. E escrever assim, sem compromisso, sem forma de carta, sem a menor pretensão de que seus olhos cheguem a ler alguma frase. Como é mesmo que você me disse? "Escrever deixa tudo bonito mas demonstra tanta falta de controle.." Quando a gente escreve a gente deixa um pouco do que a gente é tão exposto.. Deus viu. Deus vê tudo o tempo todo. Sou ciumenta, possessiva, passional, intensa. E a única coisa que você me pede é pra ser menos. Dorme, pequena, dorme.. Acalma esse pranto, se aguenta. Lembra do cheiro, da saliva, do suor nas mãos a tanto entrelaçadas. Mas se aguenta. Penso coisas assim o tempo todo, estou ficando louca com essa história de auto consolo. Você tenta se proteger, eu te digo que não sei quanto tempo aguento e você segue confiante porque você sabe que eu já esperei três anos, dois meses. Em um momento de maior ousadia diria até que passei minha vida toda te esperando. To guardando. Essa minha facilidade em manter um sentimento por tanto tempo só pensando em quão grande e bonito ele pode ficar. Minha merda é essa. Ser mais sentimento do que razão. Não ter meio termo. Querer te guardar num potinho. Sou intensa e pago o preço. Mas não vou negar nada disso. Ainda se fossem defeitos.. Mas nem isso. Ou será que ser demais é um defeito? Então que venha o tempo. E que ele passe rápido, como se eu estivesse adormecida. E que Deus coloque alguma coisa dentro dessa sua cabecinha teimosa. Mentira, não precisa colocar nada. Abrir seus olhos já é suficiente. Enquanto isso eu fico aqui, dando um jeito nessa saudade, tentando diminuir o buraco que ficou aqui dentro para que eu mesma não acabe caindo nele.

sábado, 27 de junho de 2009

"E devo dizer ainda que gostaria de vê-lo feliz, apesar de tudo o que me fez sofrer nos últimos tempos."

Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Pratique o desapego

Oi, eu gosto de você. Não do jeito vulgar da coisa, eu gosto de você com o sentido mais sério que essa frase pode trazer. Gosto do jeito, do cheiro, das gírias, da mania. Mas dessa vez eu me reconheço aqui dentro. Depois de tanto tempo, sou de novo eu. É engraçado como a gente vai vivendo as coisas mas chega uma hora que você para pra relembrar e tudo aquilo parece que aconteceu em uma outra vida, que não é essa. E não faria diferença se tivesse sido a última encarnação, onde eu pudia ser uma mulher dessas que queimavam sutiã, assim como pudia ter sido uma doméstica dedicada e você simplesmente chegava e mudava os planos. Mas também pode ter acontecido numa vida mais antiga. Pode ser que a gente tenha fugido juntos porque a sociedade era estamental, eu mocinha rica, você menino pobre ou vice-e-versa. Mas ainda é essa vida. Semelhante a um ônibus. Você entra, flerta com algum cara que você achou bonito, mas o seu ponto chega rápido demais e você continua sua vida, desce do ônibus sabendo que nunca mais vai ver o tal cara. Descer é muito fácil. E se você resolver ficar?! Como nas comédias românticas, e se você resolver ficar, meu Deus?! Se você resolver sentar do lado dele, ele puxar assunto, reclamar do calor fora do normal que anda fazendo nessa cidade, reclamar do trânsito.. E ai, meu Deus?? E se ele resolver contar que a mãe trabalha perto da Marginal Tietê, pra que diabos você vai querer saber isso? Daqui a pouco você já vai descer mesmo... Mas e se ele resolver te prender um pouco mais e pedir seu telefone? Será que você ainda vai dar aquela risadinha de deboche de mulher que não bota fé em homem nenhum e já nem espera nada de um dia seguinte? E se ele segurar sua mão, te pedir pra esperar?! E se a partir daquele dia vocês resolverem pegar sempre o mesmo ônibus, no mesmo horário?! E se vocês se apaixonarem?! Vai ficando mais difícil descer do bendito ônibus... E se lota e você não consegue descer a tempo no seu ponto, você já nem se importa mais. Mas a vida é como o ônibus. Descer é inevitável. E quando você descer, pra não voltar mais, vai doer. E quando eu digo que vai doer, não é dorzinha cheia de lágrimas de crocodilo. Vai doer horrores. Deixar as coisas pra trás dói. Por isso que quando nascemos, esquecemos tudo o que passamos. Pra não lembrar e a partir de então não doer mais. Por isso que quando a gente vira adolescente só nos lembramos das coisas mais marcantes da infância.. Eu, por exemplo, me lembro direitinho de quando colei chiclete no cabelo de uma menina insuportável mas puxo da memória com dificuldade todas as peças de teatro que assisti.. Até mesmo A Pequena Sereia que eu sabia de cabeça todas as falas.. Até dele eu me esqueci. É claro, muita coisa boa se perde nesse esquecimento. Ser adulto é um mérito. Significa que você já pode simplesmente deixar as coisas pra trás. Sem se machucar mais. Você já pode entender que um relacionamento foi maravilhoso enquanto durou mas agora vocês se olham e procuram em vão todo o desejo que sentiam um pelo outro. Hora de deixar pra trás, abrir mão pra que separados possam ser felizes de novo. Muito fácil descer do ônibus e deixar pra trás um desconhecido. Outros quinhentos é descer e ficar vendo partir um ônibus com um alguém a quem você conhece tão bem dentro. Alguém que dividiu escova de dentes, da cama, dos gostos, das brigas. Estar junto, namoro ou casamento é mistura de amar e querer. Não dá pra fazer funcionar se não tiver os dois, em simbiose! Praticar o desapego pode parecer coisa de adolescente que vive socado em baladas e não quer saber de se comprometer com ninguém. Mas praticar o desapego pode ser uma coisa muito maior. Pode ser dar a nós mesmos outra chance de ser feliz. E essa chance não vem só uma, duas vezes.. Ela vem quantas vezes você quiser.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Tati Bernardi - O contrato

‘Combinamos que não era amor. Escapou ali um abraço no meio do escuro. Mas aquilo ali foi sono, não sei o que foi aquilo. Foi a inércia do amor que está no ar mas não necessariamente dentro de nós.A gente foi ao cinema, coisa que namorados fazem. Mas amigos fazem também, não? Somos amigos. Escapou ali um beijo na orelha e uma mão que quis esquentar a outra. Mas a gente correu pra fazer piadinha sexual disso, como sempre.Aí teve aquela cena também. De quando eu fui te dar tchau só com a manta branca e o cabelo todo bagunçado. E você olhou do elevador e me perguntou: não to esquecendo nada? E eu quis gritar: tá, tá esquecendo de mim. E você depois perguntou: não tem nada meu aí? E eu quis gritar: tem, tem eu. Eu sempre fui sua. Eu já era sua antes mesmo de saber que você um dia não ia me querer.Mas a gente combinou que não era amor. Você abriu minha água com gás predileta e meu sabonete de manteiga de cacau. E fuçou todas as minhas gavetas enquanto eu tomava banho. E cheirou meu travesseiro pra saber se ainda tinha seu cheiro. Ou pra tentar lembrar meu cheiro e ver se ele ainda te deixa sem vontade de ir embora. Mas ainda assim, não somos íntimos. Nada disso. Só estamos aqui, reunidos nesse momento, porque temos duas coisas muito simples em comum: nada melhor pra fazer. Só isso. É o que está no contrato. E eu assino embaixo. Melhor assim. Muito melhor assim. Tô super bem com tudo isso. Nossa, nunca estive melhor. Mas não faz isso. Não me olha assim e diz que vai refazer o contrato. Não faz o mundo inteiro brilhar mais porque você é bobo. Não faz o mundo inteiro ficar pequeno só porque o seu chapéu é muito legal. Não deixa eu assim, deslizando pelas paredes do chuveiro de tanto rir porque seu cabelo fica ridículo molhado. Não faz a piada do vampiro só porque você achou que eu estava em dias estranhos. Não transforma assim o mundo em um lugar mais fácil e melhor de se viver. Não faz eu ser assim tão absurdamente feliz só porque eu tenho certeza absoluta que nenhum segundo ao seu lado é por acaso.Combinamos que não era amor e realmente não é. Mas esse algo que é, é realmente muito libertador. Porque quando você está aqui, ou até mesmo na sua ausência, o resto todo vira uma grande comédia. E aquele cara mais novo, e aquele outro mais velho, e aquele outro que escreve, e aquele outro que faz filme, e aquele outro divertido, e aquele outro da festa, e aquele outro amigo daquele outro. E todos aqueles outros viram formiguinhas de nariz vermelho. E eu tenho vontade de ligar pra todos eles e falar: putz, cara, e você acha mesmo que eu gostei de você? Coitado.Adoro como o mundo fica coitado, fica quase, fica de mentira, quando não é você. Porque esses coitados todos só serviram pra me lembrar o quão sagrado é não querer tomar banho depois. O quão sagrado é ser absurdamente feliz mesmo sabendo a dor que vem depois. O quão sagrado é ver pureza em tudo o que você faz, ainda que você faça tudo sendo um grande safado. O quão sagrado é abrir mão de evoluir só porque andar pra trás é poder cruzar com você de novo.Não é amor não. É mais que isso, é mais que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre.E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho. E eu tive que me fantasiar de puta, só pra ter você aqui dentro sem medo. Medo de destruir mais uma vez esse amor tão santo, tão virgem. E eu vou continuar me fantasiando de não amor, só pra você poder me vestir e sair por aí com sua casca de não amor.E eu vou rir quando você me contar das suas meninas, e eu vou continuar dizendo “bonito carro, boa balada, boa idéia, bonita cor, bonito sapato”. E eu vou continuar sendo só daqui pra fora. Porque no nosso contrato, tomamos cuidado em escrever com letras maiúsculas: não existe ninguém aqui dentro.Mas quando, de vez em quando, o seu ninguém colocar ali, meio sem querer, a mão no meu joelho, só para me enganar que você é meu dono. Só para enganar o cara da mesa ao lado que você é meu dono. Eu vou deixar. Vai que um dia você acredita.’

quinta-feira, 2 de abril de 2009

pra constar, hehe


"I could put my arms around every boy I see but they'd only remind me of you.."

terça-feira, 17 de março de 2009

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Da janela do ônibus eu vejo todas as pessoas passando, a chuva caindo e me pergunto o que é será que tanto passa na cabeça da cada uma delas. Não é possível que só eu pense tanto na importância do amor, não é possível que elas só estejam preocupadas com o que vão fazer de janta ou se vão chegar a tempo de buscar as crianças na escola. Mas tudo isso é rotina, vai tudo dar certo e comerão do macarrão que sobrou no almoço. Deve ter alguma outra importância na vida de todas essas pessoas, nós não paramos de pensar um segundo, não é possível que só eu insista tanto em bater nessa tecla. Talvez eu tenha mesma nascido pra ser essa escritora que está cansada de amar errado e a minha existência seja apenas essa. Lembrar as outras pessoas que elas não estão sozinhas. Ou talvez, escrevendo, eu mesma não me sinta sozinha. O problema é que eu não sei explicar que força tão maravilhosa é essa que me invade de dentro pra fora.. E como é que as pessoas vão se encontrar se eu não sei o que tanto sinto?! Chamam por ai de amor. E eu acho o amor lindo. Não consigo enxergar nada mais lindo do que duas pessoas que se amam tanto que são capazes de passar o resto da vida juntas. Ah, se as pessoas soubessem como o amor é tão raro. Acho lindo o amor materno, mas para termos uma mãe tão somente antes é necessário do amor carnal. O homem e mulher quando se tornam um só, é só ai que começa tudo. Sou capaz de enxergar poesia em qualquer relação por mais rápida que ela seja. Menos nas minhas. Porque, droga, eu amo! Amo calada com uma sensibilidade que eu guardo para o espaço entre a caneta e o papel. E durante o banho me deu um vazio danado. E eu comecei a perguntar pra não sei quem por que é que eu insistia tanto em amar errado. Um amor só é completo quando se é completamente louco um pelo outro. Chego então a conclusão de que eu nunca amei e que é só esse o vazio que eu carrego no peito. Quer dizer, eu amei. Fui doidinha de pedra por alguns dois ou três caras mas eles nunca tiveram vontade de passar mais do que a festa de formatura comigo. E eu comecei a chorar e chorei feito louca. Chorei pelo último babaca que me deixou por pura luxúria porque ele me amava. Chorei pelo último sem noção que me deixou por pura indecisão porque, bom, ele também me amava. E chorei toda a minha ingenuidade em achar que algum dia eu vou viver uma história digna de cinema. Comecei a gritar em voz alta para que nem eu mesma desacreditasse que eu amei mesmo vocês, seus infelizes! E amei muito! Eu esperei sim por telefonemas que nunca aconteceram. (Quer dizer, alguns aconteceram, uns tantos me fizeram feliz, outros tantos me deixaram aos prantos.) Eu amei, eu amei sim! Talvez, se eu ainda quisesse, eu arranjasse um jeito de buscar dentro de mim todo esse amor que eu tinha por vocês. Mas ai o meu vazio começou a virar um quentinho gostoso porque hoje é terça feira, tenho uns 200 contatos no celular mas não tenho vontade de ligar pra ninguém pelo simples fato de que ao contrário de quase todas as pessoas desse mundo eu não ligo a menor pra pegar 10 ou 11 em uma noite. Se não for alguém que me ame na mesma intensidade, eu não quero. Andar de mãos dadas pra mim é algo muito mais maravilhoso do que pode vir a parecer, andar de mãos dadas é ligar dois corações. O pulsar que se sente é próximo aquele que a gente sente quando encosta a cabeça no peito de alguém. Pergunto como essas pessoas conseguem servir apenas aos seus desejos e não reparar que ter uma relação recíproca, fazer planos é muito mais gostoso do que se sentir só mais um(a) na vida da outra pessoa. E o quentinho esquentou quando eu lembrei que tenho cobertas e um filme ótimo pra assistir e não preciso de alguém só pra passar a noite e aumentar esse buraco aqui dentro. E aumentou ainda mais quando eu finalmente percebi que essa minha sensibilidade é linda e que talvez eu ainda a use pra escrever um livro e dedique sem a menor ironia pra todos aqueles que eu amei. E a todos aqueles que eu ainda vou amar. E principalmente aquele que vai me fazer querer ser um só. Porque ele existe e só essa certeza me aquece por inteira.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Refrão de Amor.

Nesse último mês você deve ter saido todas as sextas e sábados. Deve ter ido pra bares, baladas, encontrado duzentas e sete meninas lindas, talvez tenha ligado pra sua ex e talvez tenha ido visitar ela lá do outro lado da cidade. Talvez você tenha arranjado mais outras cinquenta e nove "amigas" pra se ocupar quando bater um pensamento bom sobre mim. Eu não pude ser tão ruim assim... Você com tanta cultura da qual você tanto se gabava, com todo seu estilo, suas piadas não reparou que o meu único problema foi me apaixonar por você. Eu sou grande sim, gosto de Chico Buarque sim, já li todos aqueles livros a qual você fazia citação, conheço todas aquelas bandinhas inglesas, sou engraçada e tenho gírias legais também. Mas a minha paixão, a minha pressa em te amar não deixava que você soubesse de nada disso. Meu coração saia pela boca, sei lá porque diabos, toda vez que você estava perto. Talvez você passe na frente daquele fast food e ainda lembre das nossas intimidades e talvez ainda procure a minha boca enquanto está com todas essas meninas super poderosas dentro de seus decotes imensos e com seus cabelos lisos. Esse último mês - feveireiro, logo feveireiro, mês de carnaval.. - foi seu. Seu e das suas peguetis, ficantes, 'amigas', bebidas. Seu e dos seus roles, amigos divertidérrimos, carro maneiríssimo. É, agora você dirige... Quantos planos a gente não fez pra finalmente o dia que nossas casas ficariam perto e não precisaríamos pegar dois ou três ônibus pra nos vermos!? Mas hoje já faz um mês que tudo isso ficou pra trás. Um mês que eu não escuto o seu 'aaaalo' falando muito bem todas as sílabas. Um mês que você sumiu e saiu da minha vida com a mesma velocidade que entrou. Foi só pra eu sentir de como era o gostinho de amar e ser amada de volta, só pra eu saber como era ficar louca de ciúmes, como era tudo tão bom. Só isso, era bom. Abri no meu computador uma pasta pra guardar todas as músicas que você ouvia. Pra eu poder ouvir imaginando todas as milhões de coisas que deviam passar pela sua cabeça a cada nota, a cada solo de guitarra. Não guardo raiva embora hoje eu tenha chorado. Eu pensei que essa fase já tivesse passado. Mas todas as minhas mil invenções pra me afastar de você, os meus mil planos pra sexta a noite, o copo vazio só me mostram que tá tudo uma grande bagunça. Eu saio de casa pra não pensar, vou me divertir mas o mais longe que eu passo da sua lembrança é vinte minutos, meia hora até algum engraçadinho resolver me perguntar como é que você anda. Eu sei lá como diabos você anda. Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe! Pros mais íntimos que me conhecem tão bem eu digo que você morreu. Mas eles sabem que isso é só uma forma de eu me machucar menos porque eu sou a intensa que quando se apaixona é pra valer a coisa. Grande lixo poder sair sem dar satisfação a ninguém. Abro mão dessa liberdade. Liberdade de que?! De me machucar?! De procurar em bocas erradas um jeito de matar a saudades que você deixou aqui dentro?! To cagando pra'quele rolê da hora que vai toda a galera. Que mané galera, cara. Eu quero você aqui, caramba. Mas eu vou pro bendito do rolê mesmo assim. Vai que mesmo que você não goste de música eletrônica resolva dar uma aparecidinha só pra ver seus antigos amigos de escola. Eu sou mesmo tonta. O que você fez comigo por tanto tempo!? Você sabia que eu gostava de você, você até brincava com isso .. 'Ah, você é louca por mim.' Era mesmo, poxa. Alias, sou mesmo não querendo ser, sei lá. E qual a vergonha nisso? Doido é você que não sabe o que quer da vida. Sabe que quer fazer publicidade e só, grande merda se achar tão criativo assim. E você também não pode comer todas as gatinhas do rolê porque nem é tão gatinho assim. Quer dizer, talvez até fosse... Mas, se liga, você é meu gatinho. Tá achando que é quem pra entrar na minha vida, na minha casa, conhecer meu mundo e depois simplesmente sumir dela?! Liga só mais uma vez pra combinar alguma coisa ainda que antes eu tenha que te xingar e fazer muito doce afinal só se eu fosse mesmo muito tonta pra me derreter e fazer papel de desesperada quando você simplesmente parou de se importar. Palhaçada, viu... Diz que releu aquela primeira mensagem bonitinha que eu te mandei.. Das outras nem faço questão mas diz que leu aquela primeira e lembrou como era bom. Sigo em frente, a vida continua. Sempre esse papinho clichê de menina bem resolvida e essa carência insolúvel debaixo da pele, correndo nas veias, pulsando. E sabe o que mais eu percebi?! Que tudo continua no mesmo lugar... Achei engraçado o jeito como os lugares e as coisas assistem a tudo passar depressa e simplesmente se calarem. O meu celular, por exemplo, nem notou que você nunca mais mexeu nele. Mas as pessoas não, elas assistem a tudo. Tomara que alguém pergunte de mim pra você. E que alguém me enxergue diferente de uma maneira menos dramática, sem essas de 'pobre menininha abandonada'. De pobre não tenho nada, sequer de menininha, muito menos de abandonada. Estou aqui por pura escolha. Talvez mais do meu coração do que minha mas ele está dentro de mim, portanto ainda que seja errado, a escolha minha. Assumi as consequências, me feri. Eu fui é corajosa. Primeiro encontro e essa loucura já tinha tomado posse do meu corpo todo. Mas eu continuei, eu arrisquei. Sinceramente você me fez crescer muito. Sinceramente, não.. Sem muito 'Sinceramente'. Desse último ponto final pra frente só idéias maduras sobre o fim desse relacionamente. Nada de ouvir e chorar entre 'eu acertei o pulo quando te encontrei' e 'então o nosso mundo girou'. Girou mesmo, foi lindo mesmo mas a vida mudou, rumos diferentes, segue tua vida, faz o teu cursinho, arranja uma namorada. Não, namorada não, ignora essa frase. Meu lado racional me pede pra te deixar ser feliz mas eu ainda sou de longe mais emoção. Se fosse namorar eu nunca vou entender porque é que a gente não deu certo. Será que foi porque eu nem era tão bonita assim pra poder andar de mãos dadas com você e infelizmente você percebeu isso tarde demais depois de já ter andado comigo por ai demais, encontrando pessoas conhecidas demais!? Preferi não pensar. As coisas são como são, preto no branco. E o que era só um bilhete está se transformando nessa enorme carta (?) chata e enfadonha. Sorte a minha saber que você nunca vai ler nada disso. Vai ler no máximo a mensagem que eu vou te mandar assim que eu tiver créditos falando que 'se for pra falar de algo bom, eu sempre vou lembrar de você'. Outra sorte eu nunca ter créditos. Ok, ok, você ganhou dessa (mais uma) vez. A saudade falou mesmo muito mais alto que o orgulho.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

So hey now, maybe we're just being stupid.. Maybe we're just being dumb ..Hey, maybe it's time that we stopped and we realized like a flag in the wind we are one and how at first it's made so pure and lovely.. But in battle can be torn to shreds, but with time and with patience and love and affection can be fixed with needle and thread because I love you and you love me and nothing will make this leave


porra, telefone, dá pra tocar?!